Após perder a família num acidente, viúva ( Juliette Binoche ) decide retomar a obra do marido: um concerto sinfônico comemorativo da unificação da Europa.
Primeiro filme da "trilogia das cores" do diretor Krzystof Kieslowski, pode ser inspirada pelo significado da primeira cor da bandeira francesa ( liberdade ), mas este diretor nunca seria tão literal ( como não o foi com o seu Decálogo ). Em vez disso, ele mantém o filme misterioso e indireto, com resultados tão bonitos quanto obsedantes.
Além de uma ótima trilha sonora e fotografia evocativa, A liberdade é azul se beneficia do olhar aguçado de Kieslowski e de sua apreciação certeira sobre as emoções fugazes, ações enigmáticas e detalhes minimos que compõe a natureza humana.
Kieslowski cria um filme cuja riqueza e honestidade oferecem um olhar sobre o funcionamento enigmático da alta. Ele preenche cada quadro de seu filme com significado, acentuado brilhantemente pelo desempenho forte e corajoso de Binoche, que emprega tiques sutis e outros matizes físicos para retratar um espírito partido que aos poucos se recupera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário