terça-feira, 22 de maio de 2012

M*A*S*H (1970)


Cirurgiões do Exército americano na Guerra da Coréia, irreverentes e cínicos, brincam com a dor e a morte; perturbam as mulheres e desafiam seus superiores.


Não levou muito tempo para que as inovações de M*A*S*H, de Robert Altman, se tornassem quase ultrapassadas em sua simplicidade e obviedade, especialmente depois que o próprio Altman ampliou os seus efeitos com Nashville, ainda mais ambicioso.


Ainda assim, o uso de diálogos sobrepostos em meio a cenas de ação em planos abertos se mostrou surpreendente e chocante quando o filme foi lançado, assim como os cenários sangrentos de operações de guerra que Altman usou como veículos para sua comédia de humor negro.


A técnica do diretor capturava as improvisações de seus atores fazendo um zoom de média distância, resultando em uma divertida anarquia teatral. O espectro da Guerra do Vietnã estava bem presente naquela época. A veia anticonformista de M*A*S*H refletiu, de muitas formas, os sentimentos do movimento antiguerra, que cada vez mais via a loucura do Vietnã como sendo, em si, uma comédia de humor negro.


Altman criou a maior parte do filme na surdina, enganado o estúdio, que pensava que ele estava fazendo um filme de guerra patriótico. O estúdio estava prestes a relegar o filme à prateleira até que o público de teste reagiu favoravelmente. O lançamento levou a uma onda de aclamação coroada com um bom número de indicações ao Oscar e uma bem-sucedida série na televisão, imediatamente consolidando a reputação de Altman.


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