Papillon (Steve McQueen) é um preso determinado a fugir da Ilha do Diabo, célebre penitenciária de extrema segurança para onde a justiça francesa mandava seus mais perigosos condenados.
Rotulado como "dois homens sem nada em comum exceto a vontade de viver e um lugar para morrer", o filme do diretor Franklin J. Schaffner continua sendo uma referência para todos os filmes de 'fuga de prisão".
A partitura de Jerry Goldsmith repercute a ambientação tropical para fazer de Papillon menos um filme de ação e mais um confronto entre homem e natureza. Os espectadores atentos notarão quão pouco diálogo há no filme. Em vez disso, o impacto do filme vem das atuações e da sórdida detenção. Possivelmente o exemplo mais perfeito é o confinamento em cela solitária: embora não diga uma palavra, McQueen ainda assim demonstra ser uma estrela, com enorme presença de cena.
O cerne do filme, entretanto, nos vem por meio de um pesadelo. "Acuso-o de uma vida desperdiçada" - dizem a Papillon, mas o filme trona-se um contra-argumento porque o seu triunfo é o de um homem insignificante derrotando um sistema projetado para quebrá-lo.
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