Policial durão e violento de San Francisco prende maníaco assassino, solto em seguida por falta de provas. Ele decide então trabalhar à sua maneira.
Um dos filmes policiais mais influentes já produzidos, Perseguidor Implacável é uma mistura equilibrada do simples com o sofisticado. Do policial Harry (Clint Eastwood) ao vilão Scorpio (Andy Robinson), os personagens são caricaturas vívidas e hiperbólicas que ganham definição não devido a sua profundidade e suas sutilezas psicológicas, mas graças a sua interação com os ambientes intrincados e bem articulados do filme.
Explorando brilhantemente as locações em San Francisco, o diretor Don Siegel arma um padrão de altos e baixos já nas primeiras cenas, fazendo um zoom out para revelar uma mulher nadando em uma piscina na cobertura de um prédio enquanto um atirador de elite mira nela do topo de um edifício ainda mais alto.
Daí em diante, o filme voa e mergulha em curvas de montanha-russa delineando uma metrópole de muitos níveis onde uma precária cidade celeste feita de helicópteros, colinas, tetos de prédios, torres de vidro e uma névoa envolvente está empoleirada sobre um submundo primitivo de esconderijos, túneis, becos e poços.
Mais do que um cenário para a ação, esse formidável labirinto dá forma aos personagens e os põe à prova conforme eles se contorcem e abrem caminho à força dentro dele. Isso é retratado vividamente no tour de force que é a sequência na qual Scorpio deixa Harry exausto atravessando a cidade de um lado a outro como parte de uma estratégia evasiva para receber o dinheiro de um resgate.
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