Tripulação de um avião é envenenada e um piloto aposentado e traumatizado tem que aterrissá-lo em segurança.
Essencialmente uma paródia dos filmes de desastre dos anos 70, foi em grande parte baseado em um filme específico - Zero Hour, de 1957. David Zucker, Jerry Zucker e Jim Abrahams adquiriram os direitos de Zero Hour, a Apertem os cintos... segue a trama original bem de perto, dando uma estrutura ao filme que suas produções anteriores (como Top Secret, superconfidencial) não tinham.
Apertem os cintos... chegou a ter diálogos idênticos ao filme original (notoriamente a fala de Leslie Nielsen: "precisamos achar alguém que possa pilotar esse avião e que não tenha comido peixe no jantar!". Mas o filme também acrescenta outras vertentes, aproveitando os muitos exageros do gênero de filmes desastre e explorando todas as suas convenções: o casal em uma relação desgastada, as crianças perigosamente doentes, covardes que precisam enfrentar suas fraquezas, uma freira, malandros nos estilo anos 70, além de uma boa dose de vulgaridade.
Ainda que Apertem os cintos...não possua o humor mais picante dos filmes derivativos posteriores, como Débi e Lóide e Todo Mundo em Pânico, o filme tem sua cota de momentos grosseiros, sobretudo na figura do capitão Oveur, interpretado por Peter Graves, cujos comentários pedófilos para o pequeno Joey (Rossie Harris) foram, por sorte, suavizados no roteiro final.
O mais importante de tudo é que o filme deu continuidade à crença do trio de produtores/diretores/roteiristas de que paródias devem ser encenadas com total seriedade. Embora alguns atores se desviem desse caminho sábio, atores veteranos como Graves e Nielsen representam como se estivessem no mais sério dos dramas.
A exceção positiva aqui é o soberbo Stephen Stucker, como o controlador de vôo Johnny Hinshaw, que parece viver em sua própria galáxia camp amalucada.
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