OS GRANDES FILMES, ATORES, ATRIZES e DIRETORES DO SÉCULO XX.
OS TEXTOS SÃO EDITADOS DE LIVROS E REVISTAS SOBRE CINEMA. ESTE BLOG NÃO VISA LUCRO. A INTENÇÃO É SER UMA FONTE DE DADOS DE QUALIDADE SOBRE FILMES. POR FAVOR, NOTIFIQUE SE ALGUMA DAS SEQUÊNCIAS OU TRAILERS NÃO ESTIVER MAIS DISPONÍVEL.
Família rica, de hábitos elegantes mas pouco ortodoxos e sádicos, recede de braços abertos membro desaparecido a 25 anos, um impostor que aos poucos se rende aos estranhos encantos dos supostos parentes.
Criados pelo irônico quadrinista Charles Samuel Addams, os Addams estrearam no cinema em 1977, em filme malsucedido.
Nesta produção de 1991, que teve um orçamento de 30 milhões de dólares, a família surge com competência suficiente para agradar a todos os fãs: manteve o sarcasmo, o humor negro inofensivo, o charme exótico e a paranóia bem-humorada, além de contar com excelentes efeitos visuais.
Homem obcecado pelo desejo não tem olhos para mais nada, nem para a mulher com quem se casou.
Ótima adaptação do livro de Graciliano Ramos, com elenco acima da média e o mesmo clima de desencanto e melancolia da obra original.
O filme recebeu vários prêmios em festivais, entre eles o de melhor ator para Othon Bastos no Festival de Gramado, e ganhou o Prêmio Air France de 1973 como melhor filme, diretor (Leon Hirszman), ator (Othon Bastos) e atriz (Isabel Ribeiro).
A imperatriz Sissi se esforça para eliminar as divergências entre austríacos e húngaros, mas seu grande problema é enfrentar a sogra, que quer tomar para si a educação da neta.
Segundo filme da série, com os mesmos elementos folhetinescos e melodramáticos que caracterizaram o filme original e o fizeram um grande sucesso de bilheteria.
Depois de 57 anos vagando pelo espaço, a tenente Ripley (Sigourney Weaver) é regatada e, além da dificuldade para explicar o que aconteceu na Nostromo, fica sabenso que o local da desastrosa descoberta no filme anterior (o planeta LV426) foi colonizado.
Inevitavelmente, algo ruim acontece lá e a traumatizada Ripley é enviada com um executivo nada confiável, uma equipe de fuzileiros arrogantes, além de um novo andróide ambíguo (Lance Henriksen).
Se Alien, o oitavo passageiro foi um assustadora casa mal-assombrada espacial, a montanha-russa incessante e furiosamente intensa do diretor James Cameron é um forte espacial tomado pelo inimigo, com o grupo cada vez menor - acompanhados perla astuta órfã sobrevivente, Newt (Carrie Henn) - cercado por uma multiplicidade implacável de formidáveis monstros criados por H.R. Giger.
Ainda em busca da mulher ideal para gerar-lhe um filho, Zé do Caixão - após sobreviver ao ataque sobrenatural no final de Á meia noite levarei sua alma - volta a aterrorizar os habitantes de pequena cidade com práticas iconoclastas e sádicas.
Dominando melhor os recursos cinematográficos, o diretor José Mojica Marins realizou um vigoroso horror nacional, marcante pela inventividade ao abusar dos clichês do gênero.
A sequência passada no inferno é colorida, o restante em preto-e-branco.
Em visita à mulher, que trabalha para empresa japonesa em Los Angeles, o detetive nova-iorquino John McClane (Bruce Willis) enfrenta sozinho quadrilha de terroristas que sequestra ocupantes de um prédio, inclusive sua esposa.
Antes deste filme, Bruce Willis era apenas um ator de um único seriado de televisão bem-sucedido ( A gata e o rato) e um filme fracassado (Encontro às escuras), mas após o enorme sucesso deste filme tornou-se um dos astros mais "quentes" de Hollywood.
O diretor John McTiernan - que anteriormente dirigiu o filme de Predador, com Arnold Schwarzenegger (que foi, aliás, inicialmente sondado para o papel de McCLane) - enche sua aventura no arranha-céu com explosões, lutas e ação incessante, enquanto nosso anti-herói caça os terroristas um a um ouvindo seus walkie-talkies para tentar descobrir seus planos.
McTiernan, com os escritores Jeb Stuart e Steven de Souza, redefine com sucesso o filme de ação como um exército de um homem só. Willis solta tiradas espertas ao longo de uma série de armações e desenlaces inteligentes (quando McClane tira seus sapatos e meias no início do filme, parece claro que seus pés descalços serão usados como um recurso na trama mais tarde, e de fato o são), sua camiseta ficando mais suja a cada segundo.
Encenado com maestria por Willis no papel de um cara que realmente preferia estar em outro lugar. McClane é um tipico herói dos anos 80.
Luke Skywalker (Mark Hammil) sonha ir para a Academia como seus amigos, mas se vê envolvido em uma guerra intergalática quando seu tio compra dois robôs e com eles encontra uma mensagem da princesa Leia Organa (Carrie Fisher) para o jedi Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness) sobre os planos da construção da Estrela da Morte, uma gigantesca estação espacial com capacidade para destruir um planeta. Luke então se junta a Hans Solo (Harrison Ford), um mercenário, e junto com membros da resistência tentam destruir esta terrível ameaça.
Ninguém esperava que o filme do roteirista e diretor George Lucas fosse um sucesso. Em se tratando de um "faroeste de ficção científica" cujo elenco principal era essencialmente desconhecido (Harrison Ford, Mark Hamill e Carrie Fisher). Obviamente, os chefões do estúdio não perceberam o enorme potencial do filme e jamais esperavam que fosse gerar duas continuações, três capítulos "anteriores", um derivativo baseado nos Ewoks, desenhos animados, jogos de computador, brinquedos, trilhas sonoras, livros, enormes vendas de vídeos e DVDs, doces, roupas, roupa de cama e até mesmo comida. Por conta disto, cederam de graça os direitos de merchandising de qualquer produto relacionado a Guerra nas Estrelas para o próprio George Lucas.
Tal como O nascimento de uma nação ou Cidadão Kane, Guerra nas Estrelas foi um divisor de águas da tecnologia que acabou por influenciar muitos dos filmes que vieram a seguir. Tais filmes têm pouco em comum, exceto pela forma como chegaram a este momento crucial na história do cinema, quando novos métodos estavam prontos para a síntese. O nascimento de uma nação trouxe consigo o desenvolvimento da linguagem das imagens e da edição. Cidadão Kane casou os efeitos especiais, a mixagem avançada e um novo estilo de fotografia com a libertação da forma linear de contar histórias. Guerra na estrelas combinou uma nova geração de efeitos especiais com a ação em alta voltagem; acoplou a ópera espacial com o dramalhão, contos de fadas e lendas, embrulhando-as em um novo visual.
Guerra nas estrelas acabou com a era de ouro do cineasta personalizado dos primórdios dos anos 70, ao focalizar o cinema como uma indústria com ricos orçamentos para a produção de grandes sucessos de bilheteria, originando uma tendência que ainda estamos vivendo.
Mas não podemos culpá-lo por isso, só podemos observar como foi bem-feito. De uma forma ou de outra, todos os grandes estúdios tentaram produzir, desde então, um novo Guerra nas estrelas (filmes como Os caçadores da arca perdida, Parque dos dinossauros, Independence Day e Matrix viriam a ser os seus herdeiros).
Guerra nas estrelas é um filme bem intencionado a cada quadro, e brilhando através dele está o dom de um homem que soube aliar a tecnologia de ponta com uma história ilusoriamente simples, todavia muito poderosa. Não foi por acaso que Lucas trabalhou com Joseph Campbell, um especialista em mitos básicos da humanidade, para elaborar um roteiro que muito deves as histórias mais antigas da humanidade.
Lucas enche a tela com toques adoráveis. Há pequenos ratos alienígenas pulando pelo deserto, e um jogo de xadrez jogado com figuras ao vivo. O "speeder", veículo de Luke gasto pelas condições do tempo, e que fica suspenso sobre a areia, e que traz à lembrança algum antigo Mustang. Além, é claro, da presença, do aspecto e do som de Darth Vader, cuja máscara, manto negro e a respiração são o figurino para a voz fria e mortal de James Earl Jones.
Ao dar vida à Guerra nas estrelas, Lucas conseguiu criar muito mais do que apenas um filme: criou um mundo, um novo estilo de cinema e uma ópera espacial inesquecível que jamais será superada.
Nos anos 60, garota de boa família apaixona-se pelo líder de grupo de jovens rebeldes, um cantor conhecido como Cry-Baby (Johnny Depp).
O diretor John Waters, quase sempre associado ao falecido travesti Divine, fez filmes underground escatológicos e debochados, como Polyester e Pink Flamingos. Mas após Hairspray (1988), seu primeiro filme comercialmente lançado no Brasil, ele ele optou por uma linguagem bem mais acessível, sem deixar de trabalhar com seu estilo peculiar, nitidamente kitsch e caricato.
O ótimo elenco inclui o roqueiro Iggy Pop, a estrela pornô Tracy Lords, a ex-sequestrada Patricia Hearst, o ex-galã Troy Donahue, o ex-muso de Andy Warhol Joe Dallesandro, e uma rápida ponta de Willem Dafoe.
Em 1868, visionário constrói moderno dirigível para forçar os governos de todo o mundo a destruírem seus efetivos militares.
O roteirista Richard Matheson (Em algum lugar do passado) reuniu aqui dois romances de Júlio Verne sobre Robur, equivalente aéreo do capitão Nemo de 20.000 léguas submarinas.
Apesar dos efeitos especiais ultrapassados, a trama funciona bem, graças principalmente ao charme de Vincent price (1911-1993) no intrigante papel-título, além da curiosidade de ver o então jovem Charles Bronson.
Menores fogem de reformatório e passam a viver com prostituta.
Retrato cru da vida dos menores abandonados em grandes cidades brasileiras, que para alguns críticos se parece com Os esquecidos, de Luis Buñuel. Marília Pera foi eleita a melhor atriz do ano pela Associação dos Críticos de Nova York.
Bem-recebido nos EUA, abriu caminho para o diretor Hector Babenco, que passou a dirigir produções internacionais, como O beijo da mulher-aranha, Ironweed e Brincando nos campos do Senhor.
Para o ator Fernando Ramos da Silva, que saiu de uma posição social um pouco melhor do que seu personagem Pixote, o sonho do estrelato terminou mal: voltou para a favela e foi assassinado por policiais, em 1987, aos 19 anos.
Biografia do comediante Lenny Bruce, que se apresentava em bares e clubes noturnos dos EUA e chegou ao auge da carreira na década de 50.
O humor sarcástico e escatológico de Lenny lhe valeu inúmeros aborrecimentos com a censura e com a lei.
Um dos filmes mais amargos de do diretor Bob Fosse, recebeu seis merecidas indicações para o Oscar. Destaque para a fotografia em preto-e-branco de Bruce Surtees e para os desempenhos de Dustin Hoffman e Valerie Perrine (premiada no Festival de cannes), como Lenny e sua mulher.
Agente do FBI (Jodie Foster) é destacada para encontrar assassino que arranca a pele de suas vítimas. Para entender como ele pensa, ela procura a ajuda um periogoso psicopata (Anthony Hopkins), encarcerado sob a acusação de canibalismo.
Há uma diferença fundamental entre O silêncio dos inocentes e sua sequência, Hannibal, de 2001, pois enquanto o primeiro é assustador, envolvente e perturbador, o segundo é meramente perturbador. É fácil preparar um show sensacionalista e mórbido quando você incluí um canibal. O segredo de o Silêncio dos inocentes é que ele não começa com um canibal - mas vai chegando até ele pelos olhos de uma jovem mulher.
O silêncio dos inocentes é a história de Clarice Starling, que é seguida pelo enredo sem qualquer substancial interrupção. O doutor Hannibal Lecter está a espreita, no âmago da história, uma presença malévola, mas de certa forma agradável - agradável pelo fato de ele ajudar e gostar de Clarice.
Um dos mais importantes apelos do filme é este - o público gostar de Hannibal Lecter. Parte disso se deve ao fato, como vimos, dele gostar e ajudar Clarice. Mas se deve também porque Hopkins, de uma forma compassada e ardilosa, dá um certo ar refinado ao seu personagem. Lecter pode ser um canibal, mas ele não é entediante, gosta de se divertir, tem os seus princípios e é a pessoa mais esperta do filme.
Hannibal tolera a comparação com outros monstros do cinema como Nosferatu, Frankenstein, King Kong e Norman Bates. Eles têm duas coisas em comum: todos se comportam de acordo com a própria natureza, mas não são compreendidos. Nada do que esses monstros fazem representa o "mal" em qualquer sentido moral convencional, pois eles não têm qualquer senso moral, são preparados para fazer o que querem, não têm escolha.
Nas áreas em que têm alguma escolha, tentam fazer a coisa certa (a exceção é Nosferatu, no sentido de que jamais tem qualquer alternativa). Kong quer salvar Fay Wray, Norman Bates quer continuar com sua amena conversa mole e obedecer às ordens da mãe, e o doutor Lecter ajuda Clarice, pois ela não insulta a sua inteligência e, desta forma, desperta o seu afeto.
O filme teve também a distinção de ser o terceiro filme na história a ganhar os cinco principais Oscar (filme, direção, roteiro, ator, atriz), após Aconteceu naquela noite (1934) e Um estranho no ninho (1975).
Em Pepperland, onde todos são felizes, surgem os cruéis Blue Meanies, que dominam o lugar mas não contam com a chegada dos Beatles em um Submarino Amarelo.
Inovador, surreal, notável no uso da pop art e do nonsense, o desenho traz ainda canções inesquecíveis como Lucy in the sky with diamonds, When I´m sixty-four, Eleanor Rigby, entre outras.
John, Paul, George e Ringo aparecem em carne e osso na cena final.