quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A ESTRADA DA VIDA (1954) - LA STRADA


Gelsomina (Giulietta Masina) é vendida por sua mãe para um lutador exibicionista (Anthony Quinn) que viaja por vários cantos tentando apenas sobreviver. A partir daí, a jovem moça o acompanha como ajudante, sempre sendo amada e judiada pelo homem, em uma relação conturbada, assim como suas vidas.


Quarto filme do diretor Federico Fellini, foi o que construiu  sua reputação internacional. A estrada da vida é contado em um estilo de fábula que começa a se afastar do neo-realismo de boa parte do cinema italiano do pós-guerra, um movimento com o qual Fellini se envolveu intimamente como roteirista. 


A história poderia se passar hoje ou há 100 anos. Gelsomina e Zampano são arquétipos, personagens simples impulsionados pelas emoções e desejos mais elementares. A ação do filme se dá como se fosse predeterminada e os personagens precisam da forma que agem, o que torna a história trágica. A representação comovente de Masina da maltratada porém corajosa Gelsomina definiria sua persona cinematográfica em vários filmes posteriores de Fellini e em boa parte de seus outros trabalhos como atriz. Quinn está igualmente inesquecível como o bruto homem-músculos, incapaz de compreender os próprios sentimentos em relação a Gelsomina.


Em toda sua obra, Fellini foi fascinado pela tensão entre a faceta teatral de seus personagens e sua vidas interiores inexploradas e confusas. A estrada da vida conquistou o Oscar de melhor filme estrangeiro e é provavelmente o filme masis acessível e querido do diretor italiano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário