Garota dominada pela mãe e humilhada pelos colegas de escola vinga-se utilizando poderes paranormais.
Em meados dos anos 70, o diretor Brian De Palma já tinha passado mais de uma década aperfeiçoando suas influências díspares, reunindo Alfred Hitchcock, rock'n'roll e sátira política. Mas este filme foi seu primeiro grande sucesso. E é, provavelmente, a melhor adaptação já feita para o cinema de uma obra de Stephen King.
Toda a opressão que Carrie sofre tanto em casa (sua mãe fanaticamente religiosa é interpretada por Piper Laurie) quanto na escola cria uma tensão abrasiva que toma a forma de poderes telecinéticos. observamos com ambivalência como as fantasias de vingança de Carrie se transformam em assassinatos em massa descontrolados na cena do baile de formatura (um tour de force de Brian de Palma).
Sissy Spacek está muito bem no papel-título. Seu rosto e seu corpo se contorcem como um efeito especial vivo para exprimir as contradições insuportáveis da experiência de Carrie, bem como a transição da personagem de uma garotinha tímida a assassina incontrolável.
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