domingo, 4 de novembro de 2012

O VAMPIRO DA NOITE (1958) - HORROR OF DRACULA



Mais uma versão do clássico “Drácula”, de Bram Stoker. Neste filme, o Conde Drácula sai da Transilvânia em direção a Londres, em busca de novas vítimas. Entretanto, seus hábitos estranhos chamam a atenção do Dr Van Helsing, que se dedica a exterminar o vampiro.


Como o filme anterior da Hammer, A maldição de Frankenstein, O vampiro da noite foi uma surpresa para seus primeiros espectadores e críticos e, até o começo da década de 70, a ênfase do estúdio nos aspectos físicos do terror era geralmente reconhecida como uma revolução na história do gênero e como a marca registrada de uma produtora lendária.


Mesmo nos dias de hoje, espectadores mais sensíveis reconhecerão a coragem com que O vampiro da noite ultrapassa as barreiras definidas pelos horrores cinematográficos do passado. Isso fica mais claro nos olhos e presas bestiais de Drácula, no sangue que jorra de mulheres vampiras perfuradas por estacas e na inequívoca sexualidade do relacionamento entre o vampiro e suas vítimas. 


Em um determinado momento, Drácula entra no quarto de sua presa e fecha a porta diante da câmera, posicionada no corredor. A abordagem mais elegante e esperada seria o término da sequência nesse instante - o diretor Terence Fisher, no entanto, corta diretamente para dentro do quarto, enquanto Drácula faz a jovem recuar em direção à cama. O corte em si transmite inexorabilidade, violação e pavor. 


O diretor Terence Fisher é auxiliado pela fotografia vibrante de Jack Asher, pela trilha sonora fúnebre e empolgante de James Bernard e por duas atuações que definiram suas respectivas carreiras: o Van Helsing intelectual, refinado e atlético de Peter Cushing e o conde gélido, altivo e belo de Christopher Lee.




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