O capitão de um pequeno barco (Humphrey Bogart) enfrenta várias complicações após ajudar um fugitivo da Resistência Francesa a fugir dos nazistas, em plena Segunda Guerra Mundial.
Co-roteirizado por dois ganhadores do Prêmio Nobel, Ernest Hemingway e William Faulkner, a partir do livro homônimo de Hemingway, Uma aventura na Martinica foi praticamente improvisado pelo diretor Howard Hawks e por seu elenco incomparável.
Passado na Martinica durante o regime de Vichy - e não em Cuba, como no romance - Uma aventura na Martinica traz novamente Bogart como um expatriado ianque que se envolve com as Forças Francesas Livres e acaba se comprometendo com a causa aliada (algo natural após o sucesso de Casablanca). A eletricidade genuína que faísca entre Bogart e a estreante Lauren Bacall - como a garota que entra em sua e assume o controle dela - conduz a um final picante e otimista que deixa o espectador com uma sensação de alegria maior do que a resignação melancólica de Casablanca.
Ao contrário de Rick e Ilsa no filme anterior, que priorizam o bem comum em detrimento do amor, Harry e Slim salvam-se mutuamente do isolacionismo e conseguem manter seu relacionamento porque estão dispostos a trabalhar juntos para vencer a guerra. Hawks não teria paciência com uma mulher que achasse que sua única função era oferecer uma vida doméstica feliz para o herói, de modo que torna a Slim de Bacall tão intrépida e corajosa quanto o Harry de Bogart - não apenas um caso amoroso, mas uma parceira.
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