Pesquisar este blog

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

DUELO DE TITÃS (1959) - LAST TRAIN FROM GUN HILL



Xerife prende o assassino de uma índia e espera o trem para levá-lo à cidade onde será julgado, mas o criminoso é filho de um grande amigo seu, que fará o possível para evitar a viagem.


Faroeste cheio de suspense: até o final, fica-se na dúvida se o xerife consegue ou não pegar o trem. dirigido por John Sturges (que em seguida fez Sete homens e um destino) e estrelado por dois ases do gênero (Kirk Dougls e Anthony Quinn), retrata o período da implantação do lei e do desenvolvimento econômico no oeste.


A linda canção de Dimitri Tionkin é interpretada por Frankie Laine.




A GUERRA DO FOGO (1981) - QUEST FOR FIRE


Por causa de uma briga, apaga-se o fogo usado por uma tribo pré-histórica que não sabe como acendê-lo e tenta descobrir a origem das chamas.


O diretor Jean-Jacques Annaud e o roteirista Gerard Brach acertaram em cheio neste épico quase antropológico, filmado no Quênia, Escócia, Islândia e Canadá, com suspense, humor e algumas cenas de sexo e violência.


A linguagem é uma criação pesquisada por  Anthony Burgess (A laranja mecânica), os gestos sendo coreografados por Desmond Morris e a rica maquiagem levou o Oscar.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

SUSPIRIA (1977)


Suzy é uma jovem americana chega em Fribourg para fazer cursos em uma academia de dança de prestígio. A atmosfera do lugar, estranho e perturbador, acaba surpreendendo a garota. Quando uma jovem estudante é assassinada, Suzy entra em estado de choque.  A jovem descobre que o local já foi a casa de uma bruxa conhecida como a Mãe dos Suspiros.


Suspiria, de Dario Argento, começa como se fosse um giallo (ficção pulp) italiano - com uma série de assassinatos espetaculares realizados com a qualidade barroca de um musical. Mas Argento logo muda o passo, revelando um mundo não de assassinos usando luvas ou máscaras, mas de forças sobrenaturais, magia negra e bruxas malignas. 


Suspiria transcorre em um cenário classicamente gótico - uma velha academia de dança. A verdadeira natureza do que é ensinado lá nos é revelada em uma chuva de larvas que cai sobre as meninas numa tarde. Enquanto o público e a estudante-protagonista Susy Banion (Jéssica harper) são transportados por sinais de revelações misteriosas e esotéricas, a intensa matriz de choques e efeitos audiovisuais de Suspiria se mantém no limite de se tornar insuportável. Essa é a textura de todo o filme, não só em suas grandiosas mortes surreais mas também em seus gestos mais ínfimos.


O filme de Argento destaca-se até mesmo entre os melhores de seu gênero pela intensidade da experiência de observá-lo e também de ouvi-lo, graças a uma trilha sonora quase excessiva criada pelo diretor e seus frequentes colaboradores, o grupo de rock Goblin.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

A BELA E A FERA (1946) - LA BELLE ET LA BÊTE


Jean Cocteau filmou este filme em 1946, portanto bem antes do desenho da Disney de 1991 e muito antes que a Fera começasse a distribuir autógrafos em Orlando. Trata-se de um dos filmes mais mágicos já realizados. Antes dos dias dos efeitos especiais de computador, a fantasia sobrevive aqui com tomadas cheias de truques e estonteantes efeitos, criando a Fera como um homem solitário, confundido com um animal. Cocteau, um poeta surrealista, nas estava fazendo um "filme infantil", mas sim adaptando um clássico conto francês.


Aqueles que estiverem familiarizados com o desenho de 1991 reconhecerão alguns elementos da história, mas certamente não o seu espírito. Cocteau lançara mão de um cenário fantasmagórico e com obscuros símbolos freudianos, a fim de instigar emoções que fervilham no subconsciente dos seus personagens. Pensem a respeito da extraordinária tomada na qual Bela aguarda, na mesa de jantar do castelo, a primeira aparição da Fera. Ele aparece por trás dela  e se aproxima silenciosamente. Ela percebe a sua presença e começa a reagir de uma forma que alguns espectadores descrevem como medo, muito embora lembre claramente um orgasmo.


A moradia da Fera é uma das mais estranhas apresentadas num filme, um cruzamento de Xanadu com Salvador Dalí. Seu hall de entrada está coberto com candelabros agarrados por braços humanos que saem por entre as paredes. As estátuas estão vivas e seus olhos acompanham os movimentos dos personagens. As passagens e as portas se abrem sozinhas. assim que Bela entra nos domínios da Fera, ela parece flutuar, sonhadoramente, alguns centímetros acima do solo. Mais tarde, seus pés parecem não se mover mais, mas deslizam, como se estivessem sendo levados por uma força magnética.


Jean Cocteau nunca se intitulou um cineasta. Ele se considerava um poeta; o cinema era uma das muitas formas de arte que abraçou no decorrer de sua carreira. No entanto, mesmo que Cocteau se visse como um poeta em vez de um "mero" cineasta, sua visão brilhante e visionária desta história clássica certamente mostrou que os dois títulos não se excluíam mutuamente.