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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

INTOLERÂNCIA (1916) - INTOLERANCE


A intolerância vista e analisada em quatro diferentes estágios da História: na Babilônia, onde uma garota vê-se entre o ódio religioso, levando uma cidade à ruína; na Judéia, onde os hipócritas condenam Jesus Cristo; na Paris de 1572, no Massacre da Noite de São Bartolomeu; e, finalmente, na América, onde reformadores acabam com a vida de um jovem casal.


Esses episódios não são apresentados em série. Em vez disso, o diretor D. W. Griffith corta de um para outro e, muitas vezes, intercala sequências plano a plano dentro dos próprios episódios, para criar suspense. Essa estrutura revolucionária se mostrou complexa demais para a maior parte do público da época, que também pode ter sido desencorajado pela duração do filme (quase três horas).


É possível que Griffith tenha investido até dois milhões de dólares no projeto (valor astronômico em 1916), porém o filme nunca chegou perto de recuperar seus custos, nem mesmo depois de remontado e e lançado como dois filmes separados, A queda da Babilônia e A mãe e a lei.


Não houve economia nas impressionantes recriações históricas. Os enormes cenários para a história babilônica, que permaneceriam um marco em Hollywood por anos a fio, contaram com três mil figurantes. Esses números de produção foram rivalizados pelos figurinos suntuosos e elaboradas sequências de multidão no episódio francês.


Intolerância é um monumento ao talento de Griffith como roteirista, diretor, criador de planos e montador - uma obra-prima única, que nunca foi igualada em termos de magnitude e dimensão. feito para persuadir, este filme exerceu mais influência sobre o cinema revolucionário soviético de Sergei Eisenstein, entre outros, do que sobre os contemporâneos americanos de Griffith.


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