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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

SCARFACE: A VERGONHA DE UMA NAÇÃO (1932) - SCARFACE: THE SHAME OF A NATION


Na Chicago dos anos 20, um gângster (Paul Muni) mata um rival do seu chefe e rapidamente ganha destaque dentro da quadrilha. Ele espera o momento exato para assassinar seu chefe e se tornar o novo líder do bando, mas o fato de sua irmã (Ann Dvorak), por quem ele sente uma paixão incestuosa, estar envolvida com seu homem de confiança (George Raft) o deixa totalmente abalado. Este fato gerará trágicas conseqüências.


Finalizado antes de o conservador Código de Produção de Hollywood ser imposto de forma mais vigorosa em 1934, o roteiro do ex-jornalista Ben Hetch usa a lenda de Al Capone como fonte - reconstituindo o Massacre do Dia de São Valentim e o assassinato de Big Jim Colosimo - para retratar a Chicago da era da Lei Seca como uma Sodoma e Gomorra moderna. 


A amoralidade é generalizada: a polícia é brutal e corrompida e os jornalistas não passam de sensacionalistas cínicos. Em contraste, Tony "Scarface" Camonte (Paul Muni), o protagonista á la Capone, é pelo menos sincero em sua busca gananciosa por poder e pelo todo-poderoso dólar.


Ao apresentar um dos mais famosos e maquiavélicos vilões da história do cinema dentro do mito da superação pessoal cuja perversão está no âmago de todo filme de gângster, Scarface: a vergonha de uma nação é o auge de seu gênero. E é também prova de que a versão de Brian de Palma, de 1983, apesar de todos os louvores que recebeu, não consegue diminuir em nada o original de Howard Hawks.


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