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sexta-feira, 27 de julho de 2012

GUERRA NAS ESTRELAS (1977) - STAR WARS


Luke Skywalker (Mark Hammil) sonha ir para a Academia como seus amigos, mas se vê envolvido em uma guerra intergalática quando seu tio compra dois robôs e com eles encontra uma mensagem da princesa Leia Organa (Carrie Fisher) para o jedi Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness) sobre os planos da construção da Estrela da Morte, uma gigantesca estação espacial com capacidade para destruir um planeta. Luke então se junta a Hans Solo (Harrison Ford), um mercenário, e junto com membros da resistência tentam destruir esta terrível ameaça.


Ninguém esperava que o filme do roteirista e diretor George Lucas fosse um sucesso. Em se tratando de um "faroeste de ficção científica" cujo elenco principal era essencialmente desconhecido (Harrison Ford, Mark Hamill e Carrie Fisher). Obviamente, os chefões do estúdio não perceberam o enorme potencial do filme e jamais esperavam que fosse gerar duas continuações, três capítulos "anteriores", um derivativo baseado nos Ewoks, desenhos animados, jogos de computador, brinquedos, trilhas sonoras, livros, enormes vendas de vídeos e DVDs, doces, roupas, roupa de cama e até mesmo comida. Por conta disto, cederam de graça os direitos de merchandising de qualquer produto relacionado a Guerra nas Estrelas para o próprio George Lucas.


Tal como O nascimento de uma nação ou Cidadão Kane, Guerra nas Estrelas foi um divisor de águas da tecnologia que acabou por influenciar muitos dos filmes que vieram a seguir. Tais filmes têm pouco em comum, exceto pela forma como chegaram a este momento crucial na história do cinema, quando novos métodos estavam prontos para a síntese. O nascimento de uma nação trouxe consigo o desenvolvimento da linguagem das imagens e da edição. Cidadão Kane casou os efeitos especiais, a mixagem avançada e um novo estilo de fotografia com a libertação da forma linear de contar histórias. Guerra na estrelas combinou uma nova geração de efeitos especiais com a ação em alta voltagem; acoplou a ópera espacial com o dramalhão, contos de fadas e lendas, embrulhando-as em um novo visual.


Guerra nas estrelas acabou com a era de ouro do cineasta personalizado dos primórdios dos anos 70, ao focalizar o cinema como uma indústria com ricos orçamentos para a produção de grandes sucessos de bilheteria, originando uma tendência que ainda estamos vivendo.


Mas não podemos culpá-lo por isso, só podemos observar como foi bem-feito. De uma forma ou de outra, todos os grandes estúdios tentaram produzir, desde então, um novo Guerra nas estrelas (filmes como Os caçadores da arca perdida, Parque dos dinossauros, Independence Day e Matrix viriam a ser os seus herdeiros). 


Guerra nas estrelas é um filme bem intencionado a cada quadro, e brilhando através dele está o dom de um homem que soube aliar a tecnologia de ponta com uma história ilusoriamente simples, todavia muito poderosa. Não foi por acaso que Lucas trabalhou com Joseph Campbell, um especialista em mitos básicos da humanidade, para elaborar um roteiro que muito deves as histórias mais antigas da humanidade.



Lucas enche a tela com toques adoráveis. Há pequenos ratos alienígenas pulando pelo deserto, e um jogo de xadrez jogado com figuras ao vivo. O "speeder", veículo de Luke gasto pelas condições do tempo, e que fica suspenso sobre a areia, e que traz à lembrança algum antigo Mustang. Além, é claro, da presença, do aspecto e do som de Darth Vader, cuja máscara, manto negro e a respiração são o figurino para a voz fria e mortal de James Earl Jones.


Ao dar vida à Guerra nas estrelas, Lucas conseguiu criar muito mais do que apenas um filme: criou um mundo, um novo estilo de cinema e uma ópera espacial inesquecível que jamais será superada.


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