Detetive aposentado que sofre de acrofobia é contratado por velho amigo para seguir-lhe a mulher, que vem se comportando de maneira estranha. A trama, em si inacreditável, serve para Alfred Hitchcock, mestre do gênero, para um mergulho na alma humana, no amor, no medo.
Embora o diretor Alfred Hitchcock estivesse à época no auge do seu sucesso de crítica e fama comercial, Um corpo que cai não foi um filme bem recebido quando lançado. Boa parte das críticas se concentrou na trama complexa e improvável, que dependia de um plano de assassinato diabolicamente implausível por parte de um vilão mal caracterizado.
O clímax está tão preocupado com outras questões que o assassino parece conseguir se safar-embora Hitchcock tenha filmado um apêndice desnecessário, ao estilo de suas narrações na TV, revelando que ele foi levado à justiça.
No entanto, durante o longo período em que Um corpo que cai ficou indisponível por questões de direitos autorais, o filme foi reavaliado. Atualmente ele é considerado uma das maiores obras de Hitchcock e um dos maiores filmes de todos os tempos.
Como muitas outras obras de Hitchcock, o filme foi alvo de inúmeras imitações, homenagens e releituras. Truques técnicos - como o uso simultâneo do zoom in e zoom out para transmitir a vertigem de James Stewart - foram posteriormente acrescentados ao repertório do gênero (Steven Spielberg usou esse recurso em Tubarão).
Trechos do filme chegaram a ser utilizados para criar clima em outras obras (como em Os 12 macacos, de Terry Gilliam). No geral, Um corpo que cai é um filme maravilhoso, perturbador, friamente romântico, momentos evocativos de surrealismo em close e uma trilha sonora insistente e experimental de Bernard Herrmann.
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