Os estúdios da universal tiveram que esperar quase quatro anos até o diretor James Whale finalmente aceitar a oferta de dirigir a sequência de Frankenstein, seu grande sucesso de 1931. A espera valeu a pena: sob o comando quase irrestrito do diretor ( o produtor, Carl Laemmle Jr. estava de férias na Europa durante a maior parte da produção ), a Noiva de Frankenstein é uma surpreendente mistura de terror e comédia que se tornou uma das raras continuações a serem superioras ao filme original.
Dr. Henry Frankenstein (Colin Clive) - A Noiva (Elsa Lanchester) - O Monstro ( Boris Karloff) - Dr. Pretorius (Ernest Thesiger) |
É um trabalho subversivo e ardiloso, que ocultaria dos censores idéias chocantes ao dissimulá-las entre a pompa do terror. Alguns filmes envelhecem; outros amadurecem. Assistida hoje, a obra-prima de Whale é mais surpreendente do que na ocasião de sua produção, pois as platéias atuais estão mais alertas para os seus encobertos toques de homossexualismo, necrofilia e sacrilégio. Mas você não precisa dissecá-lo para gostar dele; o filme é satírico, excitante, divertido e uma influente obra-prima da arte da direção.
Apesar da relutância de Boris Karloff, foi decidido que o monstro, que no primeiro emitia apenas lamúrias, deveria ser capaz de falar alguma poucas palavras.
A noiva continua sendo até hoje uma das mais impressionantes criaturas já vistas na tela : sua aparição - numa espécie de versão grotesca de uma cerimônia de casamento - é um dos pontos altos do gênero terror, com o corpo mumificado; a voz cibilante, como um canto de cisne; e o estranho penteado egípcio preto com as mechas brancas.
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