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segunda-feira, 25 de junho de 2012

APOCALYPSE NOW (1979)


Durante a Guerra do Vietnã, um coronel enlouquecido desaparece no Camboja e é procurado por um agente especial, com a missão de matá-lo. Uma odisséia que mostra, de forma muitas vezes surrealista, a devastação e o horror da guerra.


Para produzir Apocalipse Now, o diretor Francis Ford Coppola se inspirou na obra-prima de Joseph Conrad, No coração das trevas, que conta a história de um europeu de nome Kurtz que se embrenhou até o mais profundo ponto do rio Congo e se estabeleceu como um Deus.


O épico de Coppola foi desenvolvido pelo escritor pró-guerra John Millius junto com George Lucas (que originalmente ia dirigir o filme), colega de Coppola na Zoetrope e um liberal antiguerra. Sendo uma adaptação livre do livro de Conrad, a história foi transposta para a guerra então em andamento. Outra inspiração de Coppola foi a Odisséia, de Homero, incitando Coppola, em um momento de leviandade, a chamar seu filme de "A idiocéia".


As dificuldades durante a filmagem tornaram-se lendárias, tema de vários livros e de um documentário de 1991, O apocalipse de um cineasta. A filmagem, prevista para 112 dias nas Filipinas, acabou levando 238 dias. Martin Sheen, então com 36 anos, teve um ataque cardíaco quase fatal nas locações, mas regressou 5 semanas depois. Brando compareceu excessivamente gordo e despreparado, requerendo mais uma adaptação para terminar o filme.


Mas Brando não decepciona. Em 1979, quando o filme foi exibido, a sua contratação foi criticada e contestou-se bastante seu então enorme pagamento de um milhão de dólares, mas é claro que sua escolha foi uma decisão correta, não somente pela sua estatura de ícone, como também pela sua voz, que entra no filme a partir das sombras ou à meia-luz, repetindo as desoladoras palavras de T. S. Eliot em "The Hollow Men". Aquela voz estabelece o tom definitivo do filme.


Apocalipse Now é um dos filmes chave do século XX. Muitos filmes têm a felicidade de conter uma única grande sequência. Apocalipse Now tem uma atrás da outra, conectadas pela jornada rio acima. A melhor é aquela em que os helicópteros atacam um vilarejo, liderados pelo tenente-coronel Kilgore (Robert Duvall), ao som da "Cavalgada das Valquírias", retransmitida por alto-falantes no volume máximo por seus atiradores enquanto arremetiam contra o pátio de uma escola infantil. Duvall recebeu uma indicação para o Oscar por esta performance e pela sua inesquecível fala:"Adoro o cheiro de napalm pela manhã".


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