Jivago (Omar Sharif) é um médico bem nascido, cuja vocação é a poesia. Casa-se com a namorada de infância, Tonya (Geraldine Chaplin), antes de partir para servir na guerra. Conhece então Lara (Julie Christie), o grande amor de sua vida, que é casada com um conhecido revolucionário. Depois da revolução, a família de Jivago sofre e ele é forçado a trabalhar como oficial médico para os bolcheviques durante a guerra civil.
Talvez o maior épico produzido para as telas, a versão de David Lean do livro de Boris Pasternak faz a crônica dos descontentamentos na sociedade russa no início do século XX, dos efeitos desastrosos da Primeira Guerra Mundial no país, bem como da revolução que destruiu a velha ordem só para fazer com que os russos sofressem as agonias de uma guerra civil, e em seguida, constante turbulência política e insegurança.
Embora seja uma tocante história de amor com Christie e Sharif encarnando com eficiência o casal infeliz, Doutor Jivago é talvez mais lembrado por suas sequências magníficas: o ataque dos cossacos armados com espadas contra um grupo de manifestantes, a viagem de trem interminável, através do país, suportada pela família de Jivago, a paisagem de inverno que Jivago precisa atravessar para reencontrar com Lara em uma mansão abandonada.
A fotografia de Freddie Young evoca a vastidão e a beleza rústica da paisagem russa e a trilha sonora de Maurice Jarre complementa admiravelmente a história. Doutor Jivago demonstrou ser altamente lucrativo nas bilheterias e desde então tem atraído muitos espectadores nas exibições do filme na televisão, graças a seus personagens memoráveis, ação poderosa e uma descrição comovente de importantes eventos históricos.
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