Em uma pequena cidade da Califórnia, o Dr. Miles Bennell (Kevin McCathy) recebe vários pacientes reclamando que as pessoas de seu convívio estão estranhas: parecem não ser as mesmas e não ter sentimento. Ele acaba descobrindo que alienígenas estão invadindo a cidade, substituindo as pessoas com corpos idênticos, mas sem alma. Os novos corpos são desenvolvidos em sementes gigantes e substituem as pessoas enquanto estão dormindo, matando-as. Junto com alguns amigos, o médico precisa fazer alguma coisa para impedir a invasão, mas os alienígenas estão se espalhando e dominando a situação, e ninguém acredita no que ele diz.
Um dos filmes mais populares e paranóicos da Era de Ouro do cinema de ficção científica americano, Vampiros de almas, do diretor Don Siegel, é ao mesmo tempo uma alegoria ambígua da Guerra Fria e uma história de terror extraterrestre.
Apesar do clima de filme B, a obra de Siegel está menos interessada em respeitar as convenções da ficção científica do que em dramatizar os perigos do conformismo social e a ameaça de invasão que pode vir tanto de fora quanto de dentro da própria comunidade. No entanto, a ausência de qualquer monstro explícito - em parte graças a motivos econômicos, uma vez que apenas 15 mil dos 417 mil do orçamento foi usado em efeitos especiais, o tema das plantas que roubam corpos e dos duplos zumbificados serviu como uma criativa tática de corte de despesas - é mais do que compensada pela representação sinistra da "vida comum" que talvez não seja mais tão comum como parece.
Um pesadelo cinematográfico sobre a ameaça comunista em potencial, ou um filme-mensagem antimacarthista disfarçado de fantasia de ficção científica? Vampiros de almas fornece argumentos para sustentar ambas as interpretações.
Seu final pessimista e aberto, no qual Miles perambula por uma estrada e grita "você é o próximo" diretamente para a câmera, fará você se perguntar quem de fato está dormindo do seu lado à noite.
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