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quinta-feira, 15 de março de 2012

KING KONG ( 1933 )


O campeão incontestável de todos os filmes de monstros - e um marco no uso de efeitos especiais nos primórdios de Hollywood -, King Kong é até hoje uma das mais duradouras e adoradas obras-primas do cinema. Essencialmente uma versão símia da fábula de A Bela e a Fera, contada sem o final feliz e em proporções gigantescas, o filme mistura um inovador trabalho com maquetes e identificação emocional a um grau raras vezes reproduzido pelas literais centenas de imitações que, inevitavelmente, se seguiram a ele.


O enredo não é sofisticado. Um diretor de cinema ( Robert Armstrong ) aluga um navio, na última hora recruta uma protagonista nas ruas de Nova York ( Ann Darrow, interpretada por  Fay Wray ), e parte para uma misteriosa ilha no Pacífico. A ilha abriga um gorila gigante, que o diretor pensa em usar como astro de seu novo filme.


As cenas passadas na ilha continuam impressionantes, desde a magnífica primeira aparição de Kong até a variedade de outras criaturas pré-históricas que ele e a expedição enfrentam ao proteger ou procurar, respectivamente, a raptada Darrow. Kong fica, na verdade, intimidado bela beleza  de Ann e, quando inevitavelmente escapa de seu cárcere e vaga pela cidade de Nova York, a primeira coisa que faz é recapturar a jovem. Escalando o Empire State Building e afastando aviões irritantes, Kong acaba preferindo sacrificar a própria vida a ferir Ann, o que dá ao filme sua famosa frase final: "Foi a bela quem matou a fera".


Embora King Kong tenha o alcance e dê a impressão de um épico dispendioso, foi orçamento foi relativamente modesto. Sequências que nos dias de hoje levariam semanas - como quando Kong sacode uma tora para expulsar os homens agarrados ali - foram feitas em dois dias, e a gigantesca muralha que separa os habitantes da ilha e o monstro era um cenário originalmente construído para ser o Templo de Jerusalém em o Rei dos Reis ( 1927 ), de Cecil B. De Mille.


Qual a verdadeira altura de King Kong? Os produtores adotam uma licença poética: na ilha ele tem quase seis metros, no palco, quase oito, e mais de dezesseis no Empire State.


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