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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

NOSFERATU, UMA SINFONIA DO HORROR ( 1922 ) - NOSFERATU, EINE SYMPHONIE DES GRAUENS


Assistir a Nosferatu, de 1922, de F. W. Murnau, é ver o filme de vampiro antes que ele tivesse realmente visto a si mesmo. Aqui está a história de Drácula antes de ele ser enterrado vivo em clichês, piadas, esquetes de televisão. 


Max Schreck, que faz o papel do vampiro, evita a maioria dos toques teatrais que viriam a confundir o espírito de todos os desempenhos subsequentes, de Bela Lugosi a Christopher Lee , a Frank Langella e a Gary Oldman. O vampiro aparece não como um ator extravagante, mas como um homem sofrendo de uma terrível aflição. Schreck faz o papel do conde ( aqui rebatizado de Orlok ) mais como um animal do que como um ser humano; a direção de arte do colaborador de Murnau, Albin Grau, lhe dá orelhas de morcego, unhas em formato de garras e caninos que estão no maio de sua boca, como um roedor.


O diretor F. W. Murnau já havia se estabelecido como um astro do movimento expressionista alemão quando decidiu adaptar o romance de Stoker, rebatizado de Nosferatu após ameaças legais dos herdeiros do autor. Na verdade, depois de concluído, o filme escapou por pouco de uma ordem judicial para que todas as cópias fossem destruídas. Entretanto, no fim das contas, poucas coisas foram alteradas em relação ao romance de Stoker ( notadamente o nome dos personagens ), e o sucesso de Nosferatu acabou gerando dezenas de subsequentes ( e em sua maioria autorizadas ) adaptações de Drácula. 


Com Nosferatu, Murnau criou algumas das mais duradouras a apavorantes imagens do cinema: o conde Orlok a rastejar por seu castelo, projetando sombras assustadoras, enquanto persegue Hutter; Orlok erguendo-se rijo de seu caixão; o conde, atingido por um raio de sol, encolhendo-se de horror antes de desparecer; a sequência da viagem à bordo de um navio...


Murnau ( 1888 - 1931 ) fez vinte e dois filmes, mas é conhecido sobretudo por quatro obras-primas : Nosferatu, A última gargalhada, de 1924 ; Fausto, de 1926, com seu demônio recheando o céu sobre um pequeno vilarejo; e Aurora, de 1927, que eu um Oscar a Janet Gaynor por seu trabalho como uma mulher cujo marido pensa em assassiná-la. O sucesso mundial de Nosferatu e A última gargalhada permitiu que Murnau assinasse um contrato com a Fox, e ele então se mudou, em 1926, para a América. seu último filme foi Tabu, de 1931; morreu em um acidente de automóvel na Pacific Coast Highway um pouco antes da estréia do filme, com sua promissora carreira interrompida aos 43 anos de idade.


Um comentário:

  1. O sangue é vida!!! - Marcio Silva de Almeida/Joinville/SC

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